Esquina da Rua Costa Pinto com a Rua Cândido dos Reis

Pôr do Sol de Inverno - Panorâmica sobre o Oeste e Norte de Paço de Arcos

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A Avenida Senhor Jesus dos Navegantes

Uma panorâmica da Avenida, tirada a partir da 'nova' rampa para a Estação de Paço de Arcos. Em breve os Bombeiros deixarão de ser aqui, e passarão para a vizinhança da cooperativa de habitação 'Nova Morada'. Pessoalmente preferiria continuar a ter os Bombeiros perto do centro da vila.

A Procissão do Senhor Jesus dos Navegantes

Uma tradição que se repete todos os últimos domingos de Agosto é esta procissão, que percorre várias ruas de Paço de Arcos, indo até à Avenida Marginal, onde é feita a benção aos barcos dos pescadores.

Neste vídeo apenas filmei o início da procissão, já que a minha rua é a primeira a ser atravessada.

Quando eu era miúdo, e mesmo ainda há apenas uns 20 anos, as ruas enchiam-se com dezenas de milhares de pessoas que vinham assistir e seguir a procissão. Agora é como se vê, só meia dúzia de 'gatos pingados', sem ofensa, claro, é apenas uma força de expressão. Mas Paço de Arcos está a ser transformada num dormitório, a maioria das pessoas que hoje mora em Paço de Arcos não vive em Paço de Arcos. Por isso isto não é de surpreender.

Durante esta semana decorre a Feira, no Jardim de Paço de Arcos, que terminará no próximo Domingo, à meia-noite, com o fogo-de-artifício tradicional. Oxalá não chova!

A 'outra' Casa Dany

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Se nos pusermos mesmo em frente à padaria poderemos ver a parte principal da Rua Costa Pinto, com o comércio local que ainda sobrevive, entre o qual destaco a lojinha da esquina, uma papelaria que até há bem pouco tempo era a Casa Dany. Na Casa Dany por baixo da Escola Primária vendiam material escolar. Nesta vendiam jornais e revistas. Quando era pequeno era lá que comprava os Tio Patinhas e os Pato Donald!

Digo sobrevive porque cada vez são menos os estabelecimentos a funcionar nesta zona central da vila. A grande razão é, a meu ver, a comercialização, por parte da Câmara Municipal de Oeiras, por interposta pessoa da Parques Tejo, de práticamente todos os locais de estacionamento do centro da vila! Reparem bem, que até naquela passagem esconsa, ao fundo da qual se vê a Marginal e o Tejo, o estacionamento é pago! Não deveria antes ser interditado, em nome da segurança de todos?

Isto só pode ter um resultado - as pessoas que se deslocam de carro, ao verem-se forçadas a pagar, preferem o Oeiras Parque, apenas a um ou dois minutos de automóvel, onde o estacionamento é gratuito e há muito maior diversidade de comércio. Não nos esqueçamos que estamos a viver anos de crise económica prolongada - crónica? - no nosso país, e que, como diria o Tio Patinhas, tostão poupado é tostão ganho! E a ter de escolher, prefere-se um local onde não nos roubem legalmente os carros!

Sendo assim, toda a oratória no sentido do incentivo ao comércio local não passa de conversa fiada. Infelizmente não tem vindo mais nada da Câmara Municipal de Oeiras nos últimos anos. Conversa fiada, corrupção e destruição.

Um cantinho agradável

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Nem tudo é mau nas obras ditadas pela Câmara Municipal de Oeiras. Este cantinho é um exemplo raro, em que do pouco se fez alguma coisa engraçada. Os mais idosos lembrar-se-ão de que neste canto costumava haver uma pequena mercearia, que pertencia a um Sr. Américo, pai de um famoso hoquista do Clube Desportivo de Paço de Arcos (CDPA) e que depois se mudou para o Benfica. Agora pertence à Casa Maia.

Um cantinho agradável para passar um pouco de uma tarde de Verão. Convém ter cuidado com o trânsito, que ainda é algo intenso.

No centro, à direita podemos ver o mercado municipal, conhecido como 'Praça' pelos locais, e à esquerda a continuação da Rua Costa Pinto em direcção ao Espargal e às saída e entrada de/para a Marginal.

O prédio da padaria

Quando eu era pequeno a minha mãe comprava o pão aqui nesta padaria de esquina, a poucos metros da minha casa. Logo de manhã sentia-se naquela zona o cheirinho a pão quentinho!

Não sou arquitecto, mas acho este mais um dos lindíssimos prédios do centro de Paço de Arcos. E também acho que este está condenado pelos planos de 'modernização' da Câmara Municipal de Oeiras.

Vista da esquina, com a antiga padaria, hoje pastelaria, na esquina.
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Senão vejamos, todo o prédio está com o reboco a caír, e apresenta um estado de abandono que é óbvio a quem parar alguns segundo para olhar a sério para ele.

Traseira do prédio, visto da R. José Oliveira Raposo.
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Não me canso de dizer que estes prédios devem ser restaurados, e não reconstruídos. Até parece haver um plano de 'deixar ir abaixo' para depois se construír um novo, com o mesmo tipo de linhas, mas que já não é o mesmo.

Mas em breve já ninguém se importará. Quem vive nesta zona é sobretudo gente de mais idade. Só eles (e não eu) se lembram como era antigamente. Na década de 50, 60 e mesmo 70. E quando esses morrerem, então já se poderá ganhar dinheiro 'a sério' com o centro de Paço de Arcos.

Até poderá haver um grande incêndio, à semelhança do do Chiado, seguido por longos anos de negociatas, e de uma comercialização caracterizada pela pobreza de imaginação.

Leiam os planos da CMO, e depois digam-me se não são parecidos com os planos da CML, há mais de vinte anos, para o Chiado. E lembrem-se como a 'pedonalização' da R. do Carmo foi um grande obstáculo ao trabalho dos Bombeiros. Pois bem, planeia-se o mesmo tipo de 'pedonalização' para a Costa Pinto!

A caminho da praia

A 'Alameda dos Torpedos'

Panorâmica obtida a partir da Alameda, sobre a Marginal.
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Pessoalmente acho um nome infeliz... Acho que esta calçada, que foi construída a um nível superior ao da Avenida Marginal, só mereceu este nome por estar mesmo à frente ao Quartel - antiga Escola Militar de Electromecânica (em breve coloco aqui o novo nome, não me lembro agora, acho que é Escola Militar de Electrónica). Acho que um nome mais apropriado seria Avenida do Sol, ou qualquer coisa assim... Afinal é um dos caminhos principais para a praia 'nova'

O início da Alameda 'dos Torpedos' está ligado ao Jardim.
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À esquerda a Avenida Marginal, à direita o Quartel Militar.
Em frente são 200 metros até à praia 'nova'
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Escola de Vela e Canoagem.
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A Direcção de Faróis.
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Ainda me lembro quando foi construída, e de como os seus 200 metros me pareciam uma enorme distância. Mas claro, é só um pulinho.

Entrada para o túnel sob a Marginal.
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Quando se chega ao fim dá-se com estas duas rampas, que vão dar a um túnel que vai dar à praia 'nova'. Um conselho - inspire fundo e não respire se quiser passar no túnel. Eu aprendi muito novinho a fazer isto. Não sei se ainda é assim (acreditem quem não quis arriscar), mas há uns 30 anos aquilo era mais ou menos o urinól público nº 1 da zona...

A Escola Primária do Prof. Coelho (e a Casa Dany)

Panorâmica da fachada principal.
A escola ocupa o 1º piso, a Casa Dany é na
esquina do Rés-do-chão. Clique para aumentar.

O meu primeiro post neste blog tinha de ser para uma das minhas primeiras recordações de Paço de Arcos. Apesar de em miúdo brincar no Jardim, esta foi a minha primeira escola (nunca andei em nenhum infantário :)

O prédio está em muito mau estado, e receio que não o vão restaurar, apesar do seu inegável valor histórico. Várias gerações de Arquipacences (só há pouco descobri que era assim que se chamavam os habitantes de Paço de Arcos) passaram por esta escola! Eu fui só um, e ainda tenho amigos daquela altura!

Outra panorâmica vertical, um pouco distorcida devido à curta
distância - a Rua Costa Pinto é muito estreita neste sítio.
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Não é preciso dizer que adorei aqueles anos. Ainda me lembro do meu primeiro dia de aulas, e de como o meu velhote me telefonou à tarde para me perguntar como tinha sido :)

Tínhamos aulas das 9:30 ao meio dia, e depois das 14:00 às 16:30. A escola era no primeiro andar, e os terraços à frente e atrás eram os recreios. À frente para a 1ª 2ª classes, atrás para a 3ª e a 4ª. As aulas da 1ª e 2ª classes eram dadas pela esposa do Prof. Coelho, e as outras eram dadas pelo próprio.

O beco ao lado, se o seguirmos, do lado esquerdo
veremos o recreio das 3ª e 4ª classe.
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Apesar de ter levado umas reguadas, era uma prática corrente na altura... Mas não tenho traumas disso, na realidade até tenho só boas recordações.

A traseira, com o terraço onde era o recreio das 3ª e 4ª classes.
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Disse que receava que o prédio fosse demolido porque o prédio em frente já o foi. Está a ser 'reconstruído' por um novo com dois andares (o antigo só tinha um), aparentemente para moradias de altíssimo preço.

O centro de Paço de Arcos está a ser alvo de fortes interesses económicos - enfim, ganâncias. As casas nesta zona custam os olhos de várias caras, por isso há muito dinheiro a ganhar por gente que sabe o preço de tudo e o valor de nada. Espero que possam ser detidos.

A Casa Dany é (ainda) uma papelaria, onde comprei práticamente sempre todo o material escolar, até ao 12º ano! Tinham tudo. Aparentemente vão fechar, já que têm letreiros a dizer 'trespassa-se' nas janelas.

O pequeno comércio no centro histórico de Paço de Arcos tem vindo a desaparecer. Em grande medida acho que devido à infestação com largas dezenas de parquímetros de toda esta zona. Ora quem vem de carro para o centro de Paço de Arcos pode perfeitamente perder mais um ou dois minutos e ir até ao Oeiras Parque, onde não tem de pagar nada para estacionar o carro e onde encontra tudo.

O desvio do trânsito da Rua Costa Pinto para a Rua José Oliveira Raposo também esvaziou por completo a que já foi a rua principal de Paço de Arcos. Quer queiramos quer não, as pessoas vão para onde podem levar os carros.

Acho que este pequeno comércio devia ser incentivado, mas os incentivos só vivem nas palavras dos autarcas, não nas suas políticas, visto que certamente têm muito a ganhar com a venda do centro de Paço de Arcos aos grandes interesses imobiliários...

Bem-vindos a Paço de Arcos!

Este blog vai apresentar fotografias da Paço de Arcos histórica, antes que desapareça, para as gerações vindouras e também para os que já cá viveram mas tiveram de ir para outras terras.

Todas estas fotografias foram tiradas por mim a partir de Maio de 2007.

Com a devastação de um auto-denominado 'Plano Integrado para Paço de Arcos' (PIPA), que passo a passo destrói a terra que tanto amamos - e que decerto rende uma pipa de massa para quem o promove - é quase certo que um dia estas fotos servirão de documento histórico de interesse.

Espero que esse dia ainda venha longe!